quinta-feira, 2 de outubro de 2008

The Genius of Charles Darwin



Em agosto deste ano a Channel 4 (emissora inglesa) exibiu um documentário de três partes escrito e apresentado pelo biológico Richard Dawkins. O documentário marca o 150º aniversário da obra prima de Darwin, o livro A Origem das Espécies, aonde o gênio nos apresenta a fascinante teoria da evolução, através de mecanismos como a Seleção Natural, Sexual e Artificial. O documentário também enfoca a vida de Darwin, sua viagem ao redor do mundo no Beagle e a oposição religiosa a sua teoria.


Parte 1 - Life, Darwin & Everything

Sinopse: Neste primeiro episódio, Richard Dawkins explica os mecanismos básicos da seleção natural e conta como Charles Darwin desenvolveu sua teoria.
Ele ensina uma aula de ciências sobre evolução, aonde muitos alunos ficam relutantes em aceitar. Ele então os leva a Jurassic Coast em Dorset para procurar por fósseis, na esperança que os alunos possam achar evidências.
Dawkins visita Nairobi, aonde ele entrevista uma prostituta que parece ser imune ao HIV, e conversa com o microbiologista Larry Gelmon. Ele percebe que a imunidade genética ao HIV é uma marca que com o passar do tempo se tornará mais prevalente na comunidade.

Tamanho total: 208 MB
Formato: RMVB
Tempo de duração: 00:47:49
Legenda: Português

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Parte 2 - The Fifth Ape

Sinopse: No segundo episódio Richard Dawkins lida com algumas das ramificações sociais e filosóficas da teoria da evolução.
Dawkins inicia no Quênia, conversando com o paleontologista Richard Leakey. Ele então visita a "Christ is the Answer Ministries", a maior igreja pentecostal do país, para entrevistar o bispo Bonifes Adoyo, que faz parte de um movimento contra a exibição de fósseis hominídeos no Museu Nacional do Quênia.
Dawkins discute o darwinismo social e a eugenia, explicando como estes não são versões da seleção natural.
Ele então se encontra com psicólogo evolucionista Steven Pinker para discutir como as morais podem ser compatíveis coma seleção natural. Na seqüencia ele explica a seleção sexual, seleção de parentesco e genes egoístas.


Tamanho total: 216 MB
Formato: RMVB
Tempo de duração: 00:47:52
Legenda: Português

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Parte 3 - God Strikes Back

Sinopse: No terceiro e último episódio da série, Dawkins apresenta as controvérsias geradas pela teoria de Darwin. Desde a guerra religiosa travada nos EUA contra as massivas evidências da evolução até religiosos mais moderados. O professor encerra com a mensagem: "O darwinismo abre nossas mentes para um mundo grandioso. A verdadeira mágica ao nosso redor. Não baseada na fé incerta, mas na ciência sólida".


Tamanho total: 197 MB
Formato: RMVB
Tempo de duração: 00:48:01
Legenda: Português

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Para comprar o DVD (em inglês) clique aqui.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Básico do Básico.

Acho importante relatar que em meu escasso tempo livre venho estudado mais e mais. Apesar de pensar sempre ao ler um livro coisas como:

“Estou cansado de ler o que ELES escrevem, quero é escrever a MINHA opinião”

Porém, curiosamente, sempre que redijo algumas linhas de filosofia pessoal, acabo consultando-os novamente para ter certeza sobre o que estou escrevendo.

Bom, a mensagem que quero passar neste post não é complexa.

Aconselho que qualquer candidato a ateu ou já ateu, inicie o mais rápido possível seu mini-curso de Filosofia.

É importante que o indivíduo entenda coisas básicas, que aparecem desde a mais simples epistemologia, até ao método de elaboração de idéias e assim debates.

É importante sim que haja estudo sobre a dialética e a retórica, mas é inviável que qualquer ateu comece sua “jornada militante” sem antes se preparar adequadamente.

Aqui vão algumas dicas:


  • Ler obras Filosóficas com determinados “guias” para o entendimento do próprio entendimento. É aconselhável ler alguns livros de Introdução ao Estudo do Direito (trabalham muito as relações sujeito-imagem-objeto).

  • Ler as principais obras Metodológicas sobre como elaborar um conhecimento. Nisso, devo citar 'Discurso do Método' (Descartes), 'Investigação Acerca do Entendimento Humano' (Hume) e 'Crítica da Razão Prática' – 'Crítica da Razão Pura' (Kant) como obras básicas.

  • Ler algumas resoluções para o problema de falhas no conhecimento. Aconselho autores como Nietzsche e Sartre.

  • Pesquisar sobre as argumentações que viriam a demonstrar a existência de Deus e suas refutações, assim como os argumentos que desprezariam tal existência como evidente.

sábado, 26 de abril de 2008

Está aberto o “Concurso Público” para o preenchimento de uma vaga para o cargo de “Deus”!

De “bobeira” pela internet encontrei este hilário texto:

Está aberto o “Concurso Público” para o preenchimento de uma vaga para o cargo de “Deus”.
Os interessados, deverão deixar seu currículo e estudar a seguinte matéria que vai cair na prova:


“Os Dez mandamentos para candidatos a Deus” . . .

1. Jamais terás inimigos...
Pois com tua inteligência absoluta, ou seja,
Com tua Omniciência,
Serás capaz de absorver, decodificar, digitalizar
E responder convincentemente
Qualquer tipo de argumentação
Qualquer tipo de pensamento ou intenção
E conduzir qualquer ser inteligente
Através de uma linha de raciocínio clara e específica para cada um

2. Jamais escolherás a religião
Como meio de manifestar-te ao mundo...
Jamais escolherás ser um ser religioso, obtuso, obliterado
Criador de mentes fanáticas, desequilibradas com tendências destrutivas,
Antes, serás um filósofo admirável, um educador...
Um grande e respeitável pensador.
Mais que Mahatma Gandhi, cujos pensamentos TODOS admiram. . .
Mais que Sócrates, cujos pensamentos TODOS admiram. . .
Mais que Sidartha Gautama, cujos pensamentos TODOS admiram. . .
Mais que Dalai Lama, cujos pensamentos TODOS admiram. . .
POIS NENHUM DELES NUNCA PRECISOU DE UM “INFERNO”
PARA “IMPOR” OS SEUS PENSAMENTOS! . . .
Antes, apelaram sempre, para a razão e o bom senso.
Não serás inferior a eles . . .

3. Não concordarás em ser adorado,
em possuir templos construídos em Tua honra. . .
Em lançar mão da religião...
Para, covardemente, manipular o medo das pessoas.

4. Não constituirás um exército de adoradores fanáticos e violentos
Não permitirás “garotos de recado”,
Tipo: padres, pastores, rabinos, etc
Que venham e falem o que queiram, ao mundo, em teu nome.
Como, se fossem eles, Tu mesmo! . . .
Isso será absolutamente ilegal, imoral, repulsivo, repugnante
E objeto do mais justo repúdio
Por parte de teus demais adoradores humanos mais esclarecidos.

5. Assumirás, de peito aberto, Tua própria existência
Não consentirás em ser um fantoche na mão de um sacerdote qualquer,
Como num teatrinho de bonecos;
Ou como um ícone, que qualquer oportunista seja capaz de representar os pensamentos,
E ainda transmiti-los ao mundo! . . .
Antes não terás vergonha de mostrar-te ao mundo e de ser o que és...

6. Não farás para ti um Trono de escultura,
Não o cultuarás, nem o servirás,
Para que não te transformes a ti mesmo
Num violento “cão de guarda” e mais servil escravo
Do próprio trono que criaste,
Para poderes te auto-afirmar como Deus.
Pois se assim o fizeres, com certeza,
Alguém pode entender que ainda não sabes
Se, de fato, és mesmo Deus ou não...
Porém, no caso de desobedeceres a esse mandamento,
Não terás medo de quem quer que seja,]
Que, num futuro próximo ou distante,
Queira tornar-se semelhante a ti.
Ou “roubar-te o troninho”.
(Pois se todos somos feitos da mesma essência
E da mesma energia,
Foste tu o primeiro a dar esse péssimo exemplo)
Antes, compadecer-te-ás ternamente
De toda a falta de entendimento...
Pois, compreenderás que, alguém querendo roubar-te o troninho
Será sempre uma concepção meramente humana ridícula, infantil e absurda...

7. Patrocinarás a ciência, o saber, o conhecimento...
Estarás nos laboratórios, ajudando e ensinando...
Estarás nos centros de pesquisas, ajudando e ensinando...
Estarás nas agências espaciais, ajudando e ensinando...
Estarás nas escolas, nas academias, ajudando e ensinando...

8. JAMAIS fomentarás que pessoas te procurem nas Igrejas
Onde se pragueja contra a ciência, contra o conhecimento,
Contra a pesquisa e contra o saber...
Onde se difama os cientistas... sabotando-lhes as pesquisas...
Onde vêem, em cada cientista, um herege
Ou alguém com a intenção (e o potencial) de desmascarar-te...
Lembra-te que uma Igreja deve sempre ser
O último lugar do planeta em que alguém poderia encontrar Deus...
Será para Ti, “a vergonha eterna” se algum dia fores visto numa igreja
Falando de pecado, de sangue, de salvação . . .
De dízimos!...
De céu!... de inferno!...
Ainda mais, sendo Tu, O criador de todas as galáxias...
De todas as civilizações, de todos os filósofos e pensadores!...
Como Sócrates, Platão, Mahatma Gandhi,
Shopenhauer, Sêneca e tantos outros ilustres pensadores...
Jamais descerás, Tu mesmo, tão baixo, na escala dos valores morais,
Do pensamento, do raciocínio
E da metotologia científica...

9. Não agirás contrariamente
À própria ciência que criaste!...
Pois, se assim o fizeres
Estarás agindo contra ti mesmo e contra a tua própria existência...
Os homens terminarão por desacreditarem a ti, totalmente...
Se criaste a ciência, jamais te envergonhes dela!...
Se criaste os sábios e os pesquisadores
São esses, na verdade, teus maiores aliados
E teus verdadeiros sacerdotes!...
Não farás deles teus inimigos...
Não os mandarás queimar e nem destruir-lhes-ás os livros!...

10. Não colocarás a fé como antônimo de ciência!...
Não abolirás da fé, a razão! . . .
Não desprezarás nem zombarás da intuição dos cientistas!...
Uma vez que a intuição é a primeira e mais pura expressão de fé . . .

No caso de que Zeus, digo, Deus, verdadeiramente existisse, alguém acha que algum item, dos expostos acima, NÃO DEVERIA ter sido colocado como comportamento Divino?... (dizer qual e explicar por quê)

O assim chamado “Deus da Bíblia”, Jehovazio, Jeg-zuis ou o que queiram, seguem esse modelo de comportamento?...

Em seis mil anos de civilização, algum de vocês já ouviu falar de ALGUM DEUS, ou alguma entidade divina que realize, pelo menos uns 10% desse comportamento mínimo para um Deus?... Ou seja... Em outras palavras... ESSA PESSOA REALMENTE EXISTIU OU EXISTE?!... Então... provado não está, mas, pelo menos, DEMONSTRADO ESTÁ que Deus não existe...

Bem... em seis mil anos de civilização, até agora, a humanidade não conheceu nenhum ser, dos que reclamaram para si mesmos a divindade, que conseguisse realizar nem 5% desse comportamento mínimo para, digamos, “Deus”. E é pouquíssimo provável que apareça algum “Deus” assim, por aqui, pelos próximos 6 mil anos...

Realmente confesso não ter provas sobre a existência ou não de, digamos, um Deus. MAS, SÓ DEMONSTRAR QUE JEHOVAZIO JAMAIS SERÁ ESSE PRETENSO DEUS, JÁ ME SATISFAZ TOTAL E PLENAMENTE!!!...
E não é porque, possa haver, digamos, uma “vaga” para Deus, que somos obrigados a preenchê-la com o primeiro “Emanuel” que aparece!...

Mas isso vai mudar!... Podem escrever em seus caderninhos!...

Infelizmente esse sempre será o grande erro dos cristãos: “Basta, tão só e simplesmente, demonstrar a existência de um deus que, forçosa e automaticamente, JEHOVAZIO será sempre o único, real e legítimo pretendente à vaga...”

Desta forma está impugnado o “Concurso Público” para o preenchimento de uma vaga para o cargo de “Deus” pela mais absolta falta de candidatos verdadeiramente capacitados para o cargo.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Moisés pode não ter existido...

sugere pesquisa arqueológica.

"A saga de Moisés, o profeta que teria arrancado seu povo da escravidão no Egito e fundado a nação de Israel, tem bases muito tênues na realidade, segundo as pesquisas arqueológicas mais recentes. É praticamente certo que, em sua maioria, os israelitas tenham se originado dentro da própria Palestina, e não fugido do Egito. O próprio Moisés tem chances de ser um personagem fictício, ou tão alterado pelas lendas que se acumularam ao redor de seu nome que hoje é quase impossível saber qual foi seu papel histórico original.

É verdade que as opiniões dos pesquisadores divergem sobre os detalhes específicos do Êxodo (o livro bíblico que relata a libertação dos israelitas do Egito) que podem ter tido uma origem em acontecimentos reais. Para quase todos, no entanto, a narrativa bíblica, mesmo quando reflete fatos históricos, exagera um bocado, apresentando um cenário grandioso para ressaltar seus objetivos teológicos e políticos.

Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), resume a situação: "O Moisés da Bíblia é
claramente 'construído'. Pode até ter existido um Moisés lá no passado que inspirou o dos textos, mas nada sabemos dele com segurança. Nas minhas aulas de história de Israel, começo com geografia e passo para as origens de Israel em Canaã [antigo nome da Palestina], não trato mais de patriarcas e nem do Êxodo".

Data-limite
Os pesquisadores dispõem há muitos anos do que parece ser a data-limite para o fim do Êxodo. Trata-se de uma estela (uma espécie de coluna de pedra) erigida pelo faraó Merneptah pouco antes do ano 1200 a.C. A chamada estela de Merneptah registra uma série de supostas vitórias do soberano egípcio sobre territórios vizinhos, entre eles os de Canaã. E o povo de Moisés é mencionado laconicamente: "Israel está destruído, sua semente não existe mais". Não se diz quem liderava Israel nem que regiões eram abrangidas por seu território. Trata-se da mais antiga menção aos ancestrais dos judeus fora da Bíblia.

e a saída dos israelitas do Egito ocorreu, ela precisaria ter acontecido antes disso. A Bíblia relata que, cerca de 400 anos antes de Moisés, os ancestrais do povo de Israel, liderados pelo patriarca Jacó, deixaram seu lar na Palestina e se estabeleceram no norte do Egito, junto à parte leste da foz do rio Nilo. Os egípcios teriam permitido esse assentamento porque, na época, o mais importante funcionário do faraó era José, filho de Jacó. Décadas mais tarde, um novo faraó teria ficado insatisfeito com o crescimento populacional dos descendentes do patriarca e os transformado em escravos.

Por
algum tempo, arqueólogos e historiadores acharam que haviam identificado evidências em favor dos elementos básicos dessa trama. É que, por volta do ano 1700 a.C., a região da foz do Nilo foi dominada pelos chamados hicsos, uma dinastia de soberanos originários de Canaã e de etnia semita, tal como os israelitas. (O nome "Jacó", muito comum na época, está até registrado entre nobres hicsos.)

Pouco mais de um século mais tarde, os egípcios expulsaram a dinastia estrangeira de suas terras. Isso mataria dois coelhos com uma cajadada só. Explicaria a ascensão meteórica de José na burocracia egípcia, graças à proximidade étnica com os hicsos, e também por que seus descendentes foram escravizados -- eles teriam sido associados à ocupação estrangeira no Egito.

O problema com a idéia, no entanto, é que não há nenhuma menção aos israelitas ou a José e sua família em documentos egípcios ou de outros reinos do Oriente Médio nessa época. Pior ainda, até hoje não foi encontrado nenhum sítio arqueológico no Sinai que pudesse ser associado aos 40 anos que os israelitas teriam passado no deserto depois de deixar o Egito.

Os textos egípcios também não falam em nenhum momento da fuga liderada por Moisés, se é que ela ocorreu. "Isso é um problema grave. O argumento de que os egípcios não registravam derrotas é falso: a saída de um pequeno grupo nem era um revés, e eles relatavam derrotas sim, mesmo quando diziam que tinha sido um empate", afirma Airton José da Silva.

Apiru = hebreus?
Para Milton Schwantes, professor da Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, outro problema com a ligação entre os israelitas e os hicsos é dar ao Êxodo uma dimensão muito mais grandiosa do que seria razoável esperar do evento. "É uma cena de pequeno porte -- estamos falando de grupos minoritários, de 150 pessoas fugindo pelo deserto. Em vez do exército egípcio inteiro perseguindo essa meia dúzia de pobres e sendo engolido pelo mar, o que houve foram uns três cavalos afundando na lama", brinca Schwantes.

Ele é menos pessimista em relação aos possíveis elementos de verdade histórica na narrativa do Êxodo. Os israelitas são freqüentemente chamados de "hebreus" nesse livro da Bíblia, uma mistura de nomenclaturas que deixou os estudiosos com a pulga atrás da orelha. Documentos do Oriente Médio datados (grosso modo) entre 2000 a.C. e 1200 a.C., porém, falam dos habiru ou apiru -- grupos que parecem ter vivido às margens da sociedade, atuando como trabalhadores migrantes, escravos, mercenários ou guerrilheiros.

"Ou seja, os hebreus talvez não fossem um grupo étnico, mas uma categoria social, de pessoas que muitas vezes eram forçadas a participar de grandes construções no Egito, sem receber o necessário para o seu sustento", afirma Schwantes. Ele também vê sinais de memórias históricas antigas nos nomes de algumas cidades egípcias mencionadas na narrativa do Êxodo -- lugares que foram ocupados por um período relativamente curto de tempo, por volta de 1200 a.C.

"O próprio nome de Moisés é um nome egípcio que os israelitas não entenderam", diz Schwantes. Parece ser a terminação "-mses" presente em nomes de faraós como Ramsés e quer dizer "nascido de" algum deus -- no caso de Ramsés, "nascido do deus Rá". No caso do líder dos israelitas, falta a parte do nome referente ao deus.

Mar: Vermelho ou de Caniços?
O momento mais famoso da saída dos israelitas do Egito é o confronto entre Moisés e o exército egípcio no Mar Vermelho, quando, por ordem de Deus, o profeta abre as águas para seu povo passar e as fecha para engolir os homens do faraó. No entanto, é possível que a história original tenha se referido não a águas oceânicas, mas a um pântano.

Explica-se: o sentido original do hebraico Yam Suph, normalmente traduzido como "Mar Vermelho", parece ser "Mar de Caniços", ou seja, uma área cheia dessas plantas típicas de regiões lacustres. Assim, nas versões originais da lenda, afirmam estudiosos do texto bíblico, os "carros e cavaleiros" do Egito teriam ficado presos na lama de um grande pântano, enquanto os fugitivos conseguiam escapar. Conforme a tradição oral sobre o evento se expandia, os acontecimentos milagrosos envolvendo a abertura de um mar de verdade foram sendo adicionados à história.

O dado mais importante sobre a dimensão real do Êxodo, no entanto, talvez venha da Palestina. Israel Finkelstein, arqueólogo da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, conta que uma série de novos assentamentos associados às antigas cidades israelitas aparecem na Palestina por volta da mesma época em que a estela de Merneptah foi erigida. Acontece que a cultura material -- o tipo de construções, utensílios de cerâmica etc. -- desses "israelitas" é idêntica à que já existia em Canaã antes de esses assentamentos surgirem. Tudo indica, portanto, que eles seriam colonos nativos da região, e não vindos de fora.

Para Finkelstein, isso significa que a história do Êxodo foi redigida bem mais tarde, por volta do século 7 a.C. O confronto com o Egito teria sido usado como forma de marcar a independência dos israelitas em relação aos vizinhos, que estavam tentando restabelecer seu domínio na Palestina. A figura de Moisés, talvez um herói quase mítico já nessa época, teria sido incorporada a essa versão da origem da nação."

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL418821-9982,00-MOISES+PODE+NAO+TER+EXISTIDO+SUGERE+PESQUISA+ARQUEOLOGICA.html



segunda-feira, 21 de abril de 2008

The Root of All Evil?

Em 2006, foi exibido no Reino Unido um documentário televisivo intitulado “The Root of All Evil?” (em português “Raiz de todo mal?”), escrito e apresentado pelo biólogo evolucionista Richard Dawkins. O nome do documentário, como dito pelo próprio Dawkins, não foi de sua preferência, mas foi mantido pela emissora para criar certa controvérsia.

Este documentário foi dividido em dois episódios de 45 minutos, chamados de “The God Delusion” e “The Vírus of Faith”. O primeiro episódio trata das crenças não provadas, que são tratadas como fatos por algumas religiões. Dawkins argumenta que “o processo de não pensar chamado fé” não é uma maneira de compreender o mundo, pelo contrário, permanece em oposição fundamental a ciência moderna e ao método cientifico. No segundo episódio, Dawkins examina a moral deturpada das religiões. Ele também argumenta contra a doutrinação das crianças em escolas sectárias.


Quem estiver interessado em fazer o download dos documentários, eu fiz o upload dos dois episódios, no formato de RMVB com a legenda já embutida. Cada episódio ficou com cerca de 150~200 MB.


The God Delusion:
http://www.sendspace.com/file/oyfrrf

The Virus of Faith:
http://www.sendspace.com/file/35s8cx


Para quem quiser comprar o DVD (em inglês):
http://richarddawkins.net/store/index.php?main_page=product_info&cPath=3&products_id=7

domingo, 20 de abril de 2008

Postagem extraordinária

Estou com uma tremenda falta de tempo e como os outros autores sofrem de uma enorme preguiça ou um gigante bloqueio de inspiração, estou confirmando a entrada de um novo autor, o Marcus.
Seja bem vindo e espero que possa movimentar um pouco este blog.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Drop of Madness in Research


Emperrado com diversos trabalhos sobre Metodologia, meu escasso tempo tem evitado postagens constantes. Peço desculpas neste aspecto e gostaria de afirmar que até o fim do mês a situação deve vir a melhorar. Porém, afim de não desperdiçar um post, vou ignorar os efeitos mentais pós-Ozzy Osbourne (perdurando até agora, não só no sentido físico) e tentarei redigir algo produtivo.
Aliás, isto me lembra um encontro inusitado nos arredores da Barra Funda, em que me deparei com uma situação que irei debater nesta postagem.
Infelizmente, cristãos fundamentalistas tendem a NÃO pesquisar. Isto é uma conclusão tirada de anos de debates intensos, em que a ignorância sobre o mundo torna o fundamentalista um grão perto do conhecimento de alguém que se intera com o conhecimento.
Muitas formas de pensamento são taxadas, erroneamente, de demoníacas, mesmo quando os autores se utilizam de ironias para representar os objetivos ali propostos. Corriqueiramente, percebemos anedotas fundamentalistas que são dignas de riso pleno.
Eu partilho da opinião que uma pessoa que deseja ser portadora de autonomia intelectual venha a ser uma ávida pesquisadora sobre diversos pontos de vista, antes da formulação de uma interpretação subjetiva.
Fico abismado com o fato de leigos discutirem abertamente questões sobre as quais não possuem domínio NENHUM. Não estou me utilizando de Argumentum Ad Verecundiam, uma vez que não implico que há a necessidade de ser graduado ou um cientista. Basta pesquisar e conhecer de fato como são as propostas antes de postular bobagens absurdas, baseadas em credo insano.
Baseado nisso, tenho minhas dúvidas sobre a relevância em debates com determinadas pessoas não dispostas ao menos aprender as sobre as bases necessárias. It’s useless to waste your precious time (that you could be using for studies and reading useful stuff) giving shots in the dark.(I could not resist to mention Ozzy)